2004/04/30

 
O mal das democracias

Já em posts anteriores, nomeadamente em relação ao atentado de 11 de Março em Espanha, salientei o facto de haver o perigo da comunicação social não dar a verdade aos leitores, dada a sua tendência para propagar a "verdade" oficial dos governos. Há também e principalmente a sua dependência da economia.
Hoje li no Público um artigo sobre a opinião de Ignacio Ramonet, director de "Le monde diplomatique" que afirma que as democracias vivem em "insegurança informacional". Diz o autor o seguinte: "Como cidadão constato que os "media", que em ditadura eram uma solução, agora livres pôem um problema à democracia, porque ocultam a clareza do debate, falsificam o debate. Entramos numa era de suspeita e é necessário que os cidadãos dêem à comunicação social os meios para se tornar melhor" e ainda "Eu, cidadão, quando recebo uma informação não sei se é verdadeira ou falsa"
Vem a propósito lembrar o que Saramago disse na apresentação do seu último romance em Madrid: "Na Europa, há um país, o meu, no qual uma sondagem recente revelou números preocupantes... Em Portugal, que é uma democracia, 200 mil pessoas passam fome, existem dois milhões de pobres numa população de dez milhões e temos 500 mil desempregados".

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