2008/07/06

 

Parece bruxo!!!

Bob Proctor veio a Lisboa para fazer uma conferência/comício no Pavilhão Atlântico para 6000 crentes.
A maioria dos espectadores nunca tinha livro “O segredo” nem assistido ao documentário, mas a fé no orador era alicerçada no marketing que antecedeu a sua presença em palco.
E apesar da má tradução da intérprete, que não conseguiu acompanhar a inflamação do orador, os presentes, mesmo aqueles que não são dotados para a língua estrangeira, ficaram entusiasmados com a força de Bob e prometeram na hora seguir os conselhos do mestre com o intuito de enriquecerem e serem felizes a vida inteira.
Num país onde a pobreza é afirmativa, onde os combustíveis estão pelo preço da morte, onde há desemprego e lock-out dos camionistas… mais do que o futebol, só mesmo Bob Proctor para nos safar do crime, da violência doméstica, da humilhação, da incompetência, do desamor, da IURD e dos bruxos que nos andam a gamar o nosso rico dinheirinho.


 


Parabéns Vitor!...


Como corolário de uma série de sessões do programa da RTP1 “Dança Comigo”, Vítor Fonseca chegou à final e ganhou merecidamente. Trata-se de facto de um jovem muito talentoso. A sua “rival”, a Marta, foi uma lutadora e mereceria também a vitória, pese embora a escolha do público maioritariamente feminino.
Acabada de regressar da minha participação no Congresso Feminista organizado pela UMAR, apraz-me registar que há sectores da sociedade, onde a desigualdade de géneros parece não existir…mas atenção, os comportamentos ainda são pautados por preconceitos que fazem a diferença. Mesmo no meio artístico, onde a descriminação parece ser menos visível, a mulher, para ser aceite e valorizada tem de ser dotada de grande beleza física. Chavões como “bonequinha”… “princesa”…”carinha laroca” e “sexy”, entre outros, traduzem bem os estereótipos machistas que vingam na sociedade.
Quando pensava que esses sintomas se estavam a desvanecer, pela educação na família e na escola e existia uma verdadeira paridade de géneros, sinto-me incomodada com as diferentes formas de descriminação que se abatem sobre as mulheres, de ordem política, religiosa e socioeconómica. Há diferenças na assumpção de cargos tradicionalmente de homens… há diferenças salariais…há diferenças culturais… há diferenças na intimidade das relações e até há diferenças na língua e no significado das palavras: “um homem honesto” não é a mesma coisa que “uma mulher honesta” ou” um homem bom” não é o mesmo que” uma mulher boa”. E quando há crise, são elas as primeiras a perder o emprego e condenadas a serem as mais pobres no seio da pobreza.
E é por tudo isto que assumo ser feminista e nessa medida pugnar pela plena paridade de sexos e libertação da mulher. Congressos, como aquele a que assisti, são importantes pela reflexão, pela divulgação de trabalhos e projectos e pela promoção de uma sociedade mais justa e livre.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?