2004/03/24

 
A paixão de Cristo

Já me tinha despedido, mas não resisti a escrever mais este post a propósito do filme que hoje fui ver.
Como muitas outras pessoas e um pouco sob influência de pessoas que já o tinham visto e mo desaconselharam por estar a passar por uma situação pós-depressiva, pensei um pouco antes de decidir ir vê-lo. Acresce que a impressão que tinha de Mel Gibson não era das melhores.
Mas ainda bem que tomei essa iniciativa, porque o filme me agradou de forma excepcional. A paixão de Cristo é daquelas obras de arte que nos lava a alma e nos deixam colada à pele o papel de Cristo redentor. Numa época em que tanto se fala de terrorismo, é interessante fixar as palavras de Cristo: é preciso amar os inimigos, porque amar os amigos é fácil. Amar os inimigos não é capitular, mas fazê-los compreender que estão errados.
Também não aceito a ideia de que o filme prega o anti-semitismo: Cristo é condenado,flagelado e crucificado pelos poderosos: os fariseus e Pilatos que lava as mãos. É até o judeu Simão de Cirene que ajuda a carregar a cruz, apesar de o ter feito a pedido da sua mulher.
E por falar de mulheres, é a representação das mulheres que mais me impressionou. Sem pieguices, os retratos da mãe de Cristo, de Maria Madalena , de Verónica e até da mulher de Pilatos são a representação da dor contida , do sofrimento humano, da coragem e do amor.

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